segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Petrobrás Biocombustível assina acordo para produção de mudas de palma no Pará

A matéria-prima será usada em uma usina de biodiesel que será construída pela empresa no Estado e deve começar a operar em julho de 2013

Agência Estado

SÃO PAULO - A Petrobrás Biocombustível anunciou nesta sexta-feira, 6, a assinatura de um contrato de arrendamento de terra para implantação de um viveiro de mudas de palma no município de Mocajuba (PA). A matéria-prima será usada em uma usina de biodiesel que será construída pela empresa no Estado e que deve começar a operar em julho de 2013.

Com investimentos previstos de R$ 330 milhões, a nova usina terá capacidade de produzir 120 milhões de litros de biodiesel por ano para atender a região Norte. Além da unidade de produção de biodiesel, o projeto prevê a instalação de dois complexos industriais de extração do óleo de palma, incluindo esmagadoras e unidade de cogeração de energia elétrica.

A implantação do viveiro de mudas é o primeiro passo para o desenvolvimento da parte agrícola do projeto. A área de 300 hectares será destinada ao cultivo de 1,1 milhão de sementes. O plantio das mudas nas áreas de produção está previsto para dezembro de 2011 e o início da colheita a partir de 2014.

As mudas serão disponibilizadas aos parceiros da Petrobrás Biocombustível no plantio de palma. Entre eles, cerca de 1.250 agricultores familiares da região chamada Pólo do Dendê, nos municípios de Igarapé-Miri, Cametá, Mocajuba e Baião. A empresa já realizou uma ação de cadastramento nesta região e fez a localização geográfica das propriedades de agricultores familiares, que servirá para o processo de regularização fundiária e obtenção do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Segundo o diretor de Suprimento Agrícola da Petrobrás Biocombustível, Janio Rosa, a empresa investirá também em tecnologia agrícola. "Estamos estudando a aplicação de um método, desenvolvido pela Embrapa, que evita a queimada e reduz em cerca de 80% a emissão de CO2 no preparo da terra comparado ao método tradicional", comenta o diretor sobre o método que prepara o terreno por meio de corte e trituramento, que ainda contribui para fertilizar o solo a partir da decomposição dos resíduos vegetais.

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